quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Unopar oferece primeiro curso a distância para prova da ordem


Estudantes de direito de todo país terão a chance de cursar o primeiro preparatório para a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) totalmente a distância, com sistema de interatividade.
O preparatório para o exame – cuja aprovação é obrigatório para inscrição daqueles que concluíram o curso de Direito na Ordem dos Advogados do Brasil – é resultado de parceria entre o curso Dógma (reconhecido na capital paulista e voltado para o ensino jurídico) e a Universidade Norte do Paraná (Unopar), a maior do país em ensino a distância.
As aulas serão transmitidas dos estúdios da Unopar em São Paulo para 347 pólos de EAD, em todos os estados brasileiros. O curso preparatório terá início no dia primeiro de março e as inscrições podem ser feitas nos pólos (as informações sobre a localidade dos pólos participantes estão no site (www.unopar.br).
Os interessados em conhecer o método de ensino a distância poderão assistir gratuitamente, nos dias 23 e 25 de fevereiro, às 19h20, a aulas demonstrativas do curso nos pólos da Unopar em sua cidade. As palestras serão gratuitas.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa: (43) 3371-7712

sábado, 16 de janeiro de 2010

IPESPE registra pesquisa para as eleições de 2010

Os resultados para Governador e Senador podem ser divulgados a partir do dia 17/01/2010. Os resultados para presidente somente poderão ser divulgados a partir de 18/01/2010.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas IPESPE (do Sociólogo Antônio Lavareda). Trata-se de pesquisa quantitativa por amostragem, com entrevistas face a face realizadas em pontos de fluxo com eleitores do estado do Paraná. A amostra foi estratificada por quotas de localidade, sexo e idade, a partir do que foi aleatória a seleção dos entrevistados. Os dados foram ponderados por região para preservar a distribuição de eleitores no estado do Paraná, conforme dados disponíveis no TSE. O período de coleta dos dados foi de 08 a 12 de janeiro de 2010. A margem de erro geral da pesquisa é de 2,7 pontos percentuais, em um intervalo de confiança de 95% .

O número de questionários aplicados
A amostra foi de 1.400 casos, distribuída em 30 municípios do estado do Paraná. As entrevistas foram realizadas nos seguintes municípios: Apucarana, Arapongas, Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Cianorte, Colombo, Cornélio Procópio, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Goioerê, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Londrina, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pitanga, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
A pesquisa foi registrada em 12/01/2010 sob o número 494/2010.

Veja os resultados
Governador – Cenário 1
Álvaro Dias................43%
Osmar Dias.................27%
Orlando Pessuti........... 6%

Cenário 2
Álvaro Dias................60%
Orlando Pessuti........... 8%
Lygia Pupatto............. 4%

Cenário 3
Álvaro Dias................64%
Lygia Pupatto............. 5%
Melo Viana................ 2%

Cenário 4
Álvaro Dias................45%
Beto Richa.................38%

Cenário 5
Beto Richa.................44%
Osmar Dias.................32%
Orlando Pessuti........... 5%

Cenário 6
Beto Richa................. 47%
Osmar Dias................. 34%

TSE quer instalação de seções eleitorais em penitenciárias

O Tribunal Superior Eleitoral divulgou na sexta-feira (15) uma resolução que prevê a instalação de seções eleitorais em penitenciárias para permitir o voto de presos provisórios. Segundo entidades da sociedade civil, há cerca de 150 mil detentos no país que podem ser beneficiados pela medida neste ano.
O texto faz parte de um pacote de resoluções que ainda depende de aprovação do plenário do TSE e será objeto de discussão em audiências públicas no início de fevereiro.
São considerados provisórios os presos que estão detidos em caráter preventivo ou cujas condenações ainda não são definitivas. Segundo a Constituição federal, somente não podem votar os presidiários com sentença criminal da qual não é mais possível recorrer, no período em que eles estiverem cumprindo suas penas.
Apesar de a Constituição garantir o direito de voto dos presos provisórios, na prática somente uma pequena parte deles tem acesso a meios de votação nas eleições. Em agosto passado uma comissão de entidades da sociedade civil solicitou ao presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, a adoção de medidas para reverter esse quadro.
O grupo foi formado por representantes do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), da Associação Juízes para a Democracia, da AMB (Associação Brasileira de Magistrados), da Pastoral Carcerária, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária.
Na reunião os membros da comissão afirmaram que, nas últimas eleições, apenas 11 Tribunais Regionais Eleitorais dos Estados haviam implementado o voto dos presos provisórios.
O texto da nova resolução do TSE determina que "os juízes eleitorais, sob a coordenação dos tribunais regionais eleitorais, criarão seções especiais em penitenciárias, a fim de que os presos provisórios tenham assegurado o direito de voto".
Essa regra consta em uma das seis minutas de resolução divulgadas no site do tribunal ontem. Elas trazem disposições sobre escolha e registro de candidatos, voto do eleitor residente no exterior, atos preparatórios das eleições, prestação de contas, arrecadação de recursos por meio de cartão de crédito e a identificação de eleitores por meio de digitais --que será implantada em 50 cidades do país.
Uma das regras das resoluções restringe a realização das chamadas doações ocultas --contribuições que não permitem a identificação dos financiadores dos candidatos. Esse dispositivo obriga os partidos a 'discriminar a origem e a destinação dos recursos repassados a candidatos e comitês financeiros'.

Quociente eleitoral
Os textos das resoluções serão debatidos pelo plenário do TSE, que tem até o dia 5 de março para aprová-los.
Nesses debates pelo menos dois ministros do tribunal deverão levantar a discussão sobre a forma de composição da Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas.
Atualmente só podem assumir vagas de deputado candidatos de partidos cuja soma de votos tenha ultrapassado o quociente eleitoral --número resultante da divisão do total de votos pelo número de vagas nas casas legislativas.
Há ministros do TSE que querem alterar essa regra para permitir que as vagas que sobram do cálculo inicial de eleitos possam ser distribuídas para candidatos de partidos que não alcançaram o quociente. A mudança poderá favorecer os pequenos partidos.

Familiares fazem última despedida a Zilda Arns em enterro reservado


O sepultamento do corpo da médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, que ocorreu por volta das 16h50 deste sábado (16) no Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba, marcou a última despedida dos familiares à fundadora da Pastoral da Criança. No enterro, Zilda foi lembrada pelo arcebispo metropolitano Dom Moacyr José Vitti como "um exemplo de mulher e de mãe". A cerimônia foi restrita à família e amigos próximos, e ocorreu quatro dias após a morte da missionária, vítima do terremoto que arrasou o Haiti na última terça-feira (12).
"Doutora Zilda foi uma mulher que deixou um grande legado para a Igreja. Somos gratos por tudo o que ela fez", definiu Vitti. Apesar da restrição à entrada da população em geral, de acordo com a Guarda Municipal, cerca de 200 populares estavam em frente ao cemitério no momento em que o caminhão do Corpo de Bombeiros com o caixão de Zilda chegou. Ainda antes de a urna funerária descer do veículo, o público aplaudiu, em memória à médica. O mesmo gesto havia sido realizado na saída do caixão do Palácio das Araucárias, cerca de 40 minutos antes.
"Mesmo sabendo que o enterro ia ser fechado, fiz questão de vir até aqui para agradecer Zilda, que salvou a vida das minhas duas filhas", disse a diarista Jussara de Lurdes, que ficou no portão do cemitério. "As duas, gêmeas, nasceram prematuras e foram acompanhadas pela doutora Zilda até os 5 anos de idade", conta. Hoje, as filhas de Jussara tem 23 anos.
Oficialmente, a última despedida pública à missionária ocorreu durante a missa de corpo presente, que ocorreu entre as 14h20 e as 15h30. A cerimônia, liderada pelo cardeal e arcebispo primaz do Brasil Dom Geraldo Majela Agnello, foi marcada pela comoção tanto dos estiveram no salão do Palácio das Araucárias, onde ocorreu o missa, como das pessoas que estavam do lado de fora do prédio e assistiram ao culto por meio de telões.
A estimativa da Polícia Militar (PM) é que entre 150 e 200 pessoas tenham acompanhando o culto pelos telões e outras 150 do lado de dentro do Palácio. O velório, por outro lado, contou com uma presença muito maior de admiradores. Entre as 11h20 de sexta-feira (15) e as 13h30 deste sábado, quando a visitação ao caixão foi aberta ao público, mais de 7 mil pessoas estiveram no Palácio das Araucárias, segundo estimativa da PM. Diversas autoridades, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vieram a Curitiba para o último adeus à médica.

Autoridades se despedem de Zilda Arns

O reconhecimento do papel de Zilda como articuladora de políticas públicas para a população ficou evidente com a passagem de diversas autoridades por seu velório. Lula chegou ao local por volta das 20h30 de sexta-feira. Primeiramente, ele se reuniu com o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB) e depois se encontrou com familiares de Zilda Arns. O presidente veio a Curitiba acompanhado de uma comitiva de trinta pessoas, entre ministros e assessores, inclusive a ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff.

Leia aqui o que parentes e autoridades falaram sobre Zilda Arns

Neste sábado, estiveram pelo local Marie-Pierre Poirier, representante do Unicef no Brasil, a senadora Marina Silva (PV-AC), o ex-governador do Paraná Jaime Lerner, o ex-prefeito de Curitiba e secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal, Cassio Taniguchi, e o deputado federal Angelo Vanhoni (PT).
Estiveram presentes, na sexta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), o vice-prefeito, Luciano Ducci (PSB), o senadores Alvaro Dias (PSDB), o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
Entre as lideranças religiosas da Igreja Católica que passaram pelo local estão Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, co-fundador da Pastoral da Criança; Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos Brasil (CNBB); Dom Aldo Di Cillo Pagotto, arcebispo da Paraíba e presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança; Dom José Antonio Peruzzo, Bispo de Palmas e Francisco Beltrão (PR) e presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Pessoa Idosa; Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo de São Félix do Araguaia (MT), primo de Zilda; Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo de Franca (SP), representando Dom Paulo Evaristo Arns, impossibilitado de comparecer por motivos de saúde; Irmã Márian Ambrósio, presidente Nacional da Conferência dos Religiosos do Brasil; Dom Moacyr José Vitti, arcebispo metropolitano de Curitiba; Dom Dirceu Vegini, bispo auxiliar de Curitiba; Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá; Dom Raimundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente do Celam; Dom Nelson Westrup, bispo de Santo André; e Dom Orlando Brandis, bispo de Londrina.
Segundo a Pastoral da Criança, participaram da última homenagem à Zilda representantes de várias outras tradições religiosas, entre os quais o monge hindu Swami Nirmalatmananda.

Chegada ao Brasil

O caixão com o corpo da missionária chegou por volta das 11h30 de sexta ao Palácio, depois de ser levado em um caminhão do Corpo de Bombeiros, em um cortejo que saiu do Aeroporto Internacional Afonso Pena, na região de Curitiba.
O avião que trouxe o corpo da médica do Haiti chegou por volta das 3h30 em Brasília, e partiu às 8h30 da base da Força Aérea Brasileira (FAB) com destino ao Paraná. No Aeroporto Afonso Pena, o avião pousou por volta das 10h20.
O senador Flávio Arns, sobrinho de Zilda, acompanhou o transporte do corpo desde o Haiti. Cerca de 50 familiares foram autorizados a ir até a pista do aeroporto para acompanhar a retirada do caixão da aeronave. Do terminal, a urna funerária seguiu em um caminhão do Corpo de Bombeiros, escoltado pela PM e seguido por carros de parentes de Zilda.
Logo que chegou ao Palácio das Araucárias, por volta das 11h30, a urna funerária foi diretamente levada à sala onde acontece o velório, mas as portas do prédio não foram imediatamente abertas ao público. Entre as 11h45 e 12h15, o arcebispo emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, acompanhado de outros religiosos, fez uma oração à Zilda no local do velório. Ele fez um agradecimento ao trabalho da missionária.

Flores

Segundo os familiares, seria o desejo de Zilda Arns que no lugar de coroas de flores, fossem feitas doações para o trabalho da Pastoral da Criança. Quem quiser fazer contribuições deve acessar o site www.pastoraldacrianca.org.br.

A tragédia

Zilda morreu na terça-feira (12), aos 75 anos, vítima do forte terremoto que abalou o Haiti. A informação foi divulgada na manhã de quarta (13) pelo gabinete do senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, e confirmada pela presidência da República.
A médica havia chegado a Porto Príncipe no último domingo (10) para um encontro com bispos e realizaria, às 10h desta quarta-feira, uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe. Na quinta-feira, teria um encontro com representantes de ONGs. A viagem de volta ao Brasil estava prevista para a sexta-feira (15).