
Redação Bonde
O cantor Amado Batista concedeu declarações polêmicas
durante entrevista à jornalista Marília Gabriela, no programa "De Frente
com Gabi", no SBT, na madrugada desta segunda-feira (27).
Quando Marília perguntou sobre época do regime militar,
Amado não poupou detalhes. "Me bateram muito. Me deram choques elétrico, e
ainda um dia me colocaram com uma cobra", disse. "Um dia me soltaram.
Todo machucado. Fiquei tão atordoado que pensei em ser mendigo. Queria largar
tudo. E virar andarilho", confessou.
De acordo com ele, a perseguição começou quando ele
trabalhar em uma livraria e facilitou o acesso de alguns escritores aos livros
proibidos da época.
Ao ouvir as revelações, Marília questionou o apresentador
sobre o interesse em depor na Comissão da Verdade que investiga a tortura
durante a ditadura militar. "Você não tem vontade de encontrar os caras
que fizeram isso contigo? Ir a fundo, limpar esse passado?".
"Não. Eu acho que eu mereci. Eu fiz coisas erradas,
então eles me corrigiram, assim como uma mãe que corrige um filho",
afirmou Amado.
A afirmação causou surpresa e espanto na apresentadora. O
cantor tentou despistar a insistência de Marília e disse que "aquilo"
era coisa do passado e que os militares estavam certos.
Gabi ainda disse que Amado recebe uma indenização mensal
pela tortura que recebeu no tempo da ditadura, oferecida pela Comissão de
Direitos Humanos e da Lei da Anistia. Amado confirmou a informação e disse que
o valor é pouco mais de R$ 1 mil.
(Com informações do Portal O Fuxico)
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