quinta-feira, 27 de março de 2014

Favorecimento? Polícia investiga encontro de Cesar Tralli com delegado de SP

RIO DE JANEIRO - A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo instaurou uma averiguação preliminar para investigar um encontro do delegado Antonio de Olim com o jornalista Cesar Tralli.
A dupla teria sido vista junta para apurar uma denúncia que, segundo notas divulgadas por ambas as partes, foi recebida através das redes sociais.
Agora, a polícia quer saber se o delegado usou um patrimônio público – o carro – para favorecer os jornalistas da TV Globo, de acordo com o “Notícias da TV”.
Tudo porque, na ocasião, Olim teria utilizado uma viatura descaracterizada para transportar Tralli e Robinson Cerântula, produtor especial do “Jornal Nacional”, o que pode ser classificado como falta funcional.
Por sua vez, a Globo e o delegado negaram que os jornalistas tenham usado o automóvel da polícia.
'Eles estavam trabalhando e chegaram ao local a pé e não usando a viatura da polícia.”
A acusação foi feita após Olim estacionar o carro na calçada da rua Haddock Lobo, nos Jardins, em São Paulo.
Rebeca Anafe, moradora do bairro, sem saber que se tratava de um veículo de polícia, se queixou da infração em seu Facebook com uma foto do automóvel.
'Brasil, o país onde todos fazem o que querem! Estava tomando café na [Casa] Bauducco da rua Haddock Lobo, esperando a chuva passar para eu conseguir atravessar a rua [já que os bueiros não dão conta e desce um rio], quando chegou um carro, parou embaixo de uma placa 'proibido estacionar', e subiu as duas rodas na calçada. Desceram três homens para tomarem o cafezinho da tarde deles. Se um cadeirante quisesse passar, não dava, porque o carro do fofo estava na calçada. Um deles é o jornalista Cesar Tralli'.
E continuou: 'Quando entraram e pediram para a funcionária secar a mesa do lado de fora para sentarem, eu falei:
'Senta no carro, já está na calçada mesmo'. Acho que ele não ligou ou não ouviu. Depois de 20 minutos, quando a aguaceira tinha abaixado e eu consegui ir embora, ele [Tralli] estava lá ainda tranquilo, com o carro na calçada. Parei na primeira esquina, avisei o policial, mas continuo indignada com a folga do povo brasileiro'.
A averiguação é uma investigação inicial.
No entanto, pode se tornar um processo administrativo, que pode resultar em advertência ou demissão do funcionário envolvido, dependendo da gravidade do caso. 
 

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