
Ainda preso, Bruno já recebeu visitas de atletas na cadeia
em Contagem (MG).
O atacante Adriano, hoje no Atlético-PR, também demonstrou o
interesse em se encontrar com o colega, mas o próprio goleiro pediu que ele
mudasse de ideia.
"O Adriano quis vir me visitar. Mas eu mandei recado
para ele não vir. As pessoas poderiam distorcer a situação.
Já me visitaram o Rodrigo Calaça, bom goleiro, o Gladstone,
com quem joguei no Cruzeiro, e o Irineu, que jogou comigo no Flamengo.
Trouxeram só palavras de incentivo", disse Bruno em
entrevista à Revista Placar.
O atleta foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por
participação no sequestro e assassinato de Eliza Samudio, mãe do filho do
atleta.
Mesmo estando preso desde julho de 2010, o jogador acertou
recentemente um acordo com o Montes Claros, da segunda divisão mineira, e agora
tenta conquistar na Justiça o direito de voltar a jogar futebol em liberdade.
Enquanto espera pelo seu retorno aos gramados, ele já
idealiza como seria isso.
"Eu sei que a minha volta ao futebol não vai ser fácil.
Vou sofrer a pressão e o julgamento das arquibancadas. Mas eu vou superar.
Temos o exemplo do Edmundo, que já foi chamado de assassino pelos torcedores.
Eu também fui chamado de assassino. Em um dos meus últimos jogos, contra o
Botafogo, a torcida deles me xingou no Engenhão, me chamou de assassino de
bebê", afirmou.
Por fim, Bruno ainda comentou que continua se sentindo como
uma referência no Flamengo, clube no qual atravessou o melhor momento na
carreira.
"Por tudo que fiz pelo clube, e por tudo que o clube
fez por mim, eu me sinto um ídolo no clube. Eu era o primeiro jogador que as
crianças vinham abraçar."
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